13º Salário. A ameaça com o não pagamento da gratificação natalina, velha e surrada prática – terrorismo com o funcionalismo público vinculado ao executivo - continua sendo usada, apesar do “novo jeito de governar”.
Sinceramente, eu e mais alguns milhões de gaúchos esperavam mais desse governo tucano.
O que se viu até agora, foram as mesmas queixas de administrações passadas. Tudo estoura na folha de pagamento dos funcionários públicos, o bode expiatório e o lado mais fraco. Enquanto isso, entre outras coisas, deteriora-se a educação, esfacela-se a segurança, arruínam-se as estradas que ainda não foram privatizadas, responsabilidades fundamentais do Estado, afinal, é o “novo jeito de governar”.
Quem sabe a solução, aliás, o único caminho que sabem tomar esses neoliberais está em privatizar tudo?
Falta bem pouquinho, é bem simples, a Governadora e a Assembléia entregam tudo e se acabam todos os problemas administrativos. Com eles, é lógico, a necessidade de sustentar um governo e um parlamento.
O Brasil, além de recordista em tributos, também é campeão na quantidade de horas gastas para que uma empresa faça o pagamento de todos os impostos e devidos ao Estado. A consultoria PriceWaterHouse Coopers, com base nos dados reunidos pelo Banco Mundial, são necessárias 2.600 horas por ano para que uma empresa cumpra todas suas obrigações fiscais.
Realmente, também ser empresário neste País é um ato de heroísmo. E depois perguntam pela razão de tanta má vontade do brasileiro em pagar impostos.
Impostos. Avalie você mesmo. Em alguns países europeus – um deles é a Bélgica – cada cidadão paga exatamente a metade de seus ganhos a título de imposto. Um absurdo? Agora as razões dessa suposta “sangria”: Em primeiro lugar, ele paga isso e mais nada; em segundo, seus filhos têm escola gratuita de qualidade; a saúde é gratuita e de qualidade; as estradas e a segurança são quase perfeitas e, finalmente, o seguro desemprego, apesar de cobrir um determinado período, decorrido esse tempo, encontra colocação no mercado de trabalho para o contribuinte.
É só com eles. Nada menos do 23 Senadores, segundo pesquisa do Ministério das Comunicações, detgém a concessão de emissoras de rádio e tv, mantendo na direção do negócio - filhos, irmãos, mulheres ou ex-mulheres, entre outros, numa maneira de burlar o artigo 54 da Constituição e o artigo 4º do Código de Ética do Senado.
Explica-se o que já sabíamos,ou seja, o porque de estarmos lutando há seis anos, até agora sem exito, apesar de termos uma fundação devidamente legalizada, pela concessão de um canal de rádio e tv educativa para São Gabriel. A complexidade da lei dá acesso privilegiado a parlamentares, em detrimento à sociedade em geral.
Entregar a parentes o comando das emissoras, tal como fez Renan, mesmo quando a transferência não passa de mera formalidade, é a maneira como os senadores driblam o artigo 54 da Constituição e o artigo 4º do Código de Ética do Senado. É uma forma, como explica o ministro Marco Aurélio de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), de o parlamentar "fazer de conta" que não manda no veículo de comunicação.